A história do Ferro Velho começa quando Jorge Sales, aos 35 anos, abriu o espaço no dia 24 de Abril de 1972, com o seu amigo Pedro Félix, que era também colega de trabalho no aeroporto, no sector do turismo.
“Em conversas achámos engraçado abrir uma discoteca. Tivemos várias hipóteses desde a construção de uma de raiz ou alugar um espaço. Acabámos por escolher o Ferro Velho, em detrimento do Inferno da Azenha. Naquela altura funcionavam ambas como discoteca particulares”, recordou.
Jorge Sales revelou que a sua escolha se deveu ao facto de na altura já o Ferro Velho ter funcionado como discoteca e por ter mais condições, uma vez que já tinha uma casa de banho.
Também o facto do Ferro Velho ter aberto oficialmente em 1968 com festas, pelo seu proprietário Vasco Luís, foi outra das razões que o levaram a optar por esta escolha, uma vez que tinha licença da Direcção Geral de Espectáculos.
O primeiro dono do Ferro Velho foi assim Vasco Luís, proprietário da Quinta do Avenal e que abria particularmente o espaço. Mesmo assim, problemas com directores do Casino, situado no Parque D. Carlos I, que fizeram queixa à Direcção Geral de Espectáculos, pelo que veio a obter a licença em 1968.
O Ferro Velho, pela mão de Jorge Sales e Pedro Félix, abria ao fim-de-semana e em Agosto todos os dias e centenas de pessoas rumavam ao local, uma vez que não havia discotecas num raio de 50 quilómetros.
“Discotecas só em Lisboa, ou em Torres, o Túnel. De resto não havia mais nada”, lembrou Jorge Sales.
A sociedade destes dois amigos terminou um ano depois, tendo Jorge Sales e a sua mulher Alice seguido o negócio até 1983, altura em que foi vendido. Na década de 90 encerraria as portas.
O Ferro Velho contribuiu para o crescimento da cidade das Caldas, não só pelos namoros e alguns casamentos que proporcionou, mas porque muitas pessoas de fora da região se deslocavam à casa da moda, uma vez que pela sua profissão no aeroporto de Lisboa, Jorge Sales conseguia ter música actual.
“Antes um álbum chegava ao nosso país um ano depois de ter saído nos Estados Unidos, mas como tinha acesso em viagens aos Estados Unidos, comprava muitos discos, que duravam mais de um ano. Na altura era uma grande novidade, agora as músicas saem às 10 horas em Nova Iorque e cerca de meia hora depois está em todo o Mundo”, declarou.
in Jornal das Caldas. Edição On-line 22 Abril 2009
“Em conversas achámos engraçado abrir uma discoteca. Tivemos várias hipóteses desde a construção de uma de raiz ou alugar um espaço. Acabámos por escolher o Ferro Velho, em detrimento do Inferno da Azenha. Naquela altura funcionavam ambas como discoteca particulares”, recordou.
Jorge Sales revelou que a sua escolha se deveu ao facto de na altura já o Ferro Velho ter funcionado como discoteca e por ter mais condições, uma vez que já tinha uma casa de banho.
Também o facto do Ferro Velho ter aberto oficialmente em 1968 com festas, pelo seu proprietário Vasco Luís, foi outra das razões que o levaram a optar por esta escolha, uma vez que tinha licença da Direcção Geral de Espectáculos.
O primeiro dono do Ferro Velho foi assim Vasco Luís, proprietário da Quinta do Avenal e que abria particularmente o espaço. Mesmo assim, problemas com directores do Casino, situado no Parque D. Carlos I, que fizeram queixa à Direcção Geral de Espectáculos, pelo que veio a obter a licença em 1968.
O Ferro Velho, pela mão de Jorge Sales e Pedro Félix, abria ao fim-de-semana e em Agosto todos os dias e centenas de pessoas rumavam ao local, uma vez que não havia discotecas num raio de 50 quilómetros.
“Discotecas só em Lisboa, ou em Torres, o Túnel. De resto não havia mais nada”, lembrou Jorge Sales.
A sociedade destes dois amigos terminou um ano depois, tendo Jorge Sales e a sua mulher Alice seguido o negócio até 1983, altura em que foi vendido. Na década de 90 encerraria as portas.
O Ferro Velho contribuiu para o crescimento da cidade das Caldas, não só pelos namoros e alguns casamentos que proporcionou, mas porque muitas pessoas de fora da região se deslocavam à casa da moda, uma vez que pela sua profissão no aeroporto de Lisboa, Jorge Sales conseguia ter música actual.
“Antes um álbum chegava ao nosso país um ano depois de ter saído nos Estados Unidos, mas como tinha acesso em viagens aos Estados Unidos, comprava muitos discos, que duravam mais de um ano. Na altura era uma grande novidade, agora as músicas saem às 10 horas em Nova Iorque e cerca de meia hora depois está em todo o Mundo”, declarou.
in Jornal das Caldas. Edição On-line 22 Abril 2009
Bob Seger - Still The Same (1978)
Bob Seger - Rare Against The Wind Live
Bob Seger - We've got tonight (1978)
1 comentário:
Caro Paulo Caiado
Deparei-me agora com esta interessante memória do Ferro Velho. Na segunda foto do bar, atrás do balcão, estão a meio: a Angelina Mangorrinha (minha tia), sentada, e à direita o Rui Ferreira da Silva (na altura seu namorado e depois marido em primeiras núpcias). A Angelina faleceu há poucos anos. Será possível obter uma reprodução da foto em boa resolução?
Obrigado.
Jorge Mangorrinha
jmangorrinha@gmail.com
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