Em finais dos anos setenta fruto do empenho de várias pessoas que eu, por receio de omitir algum, me dispenso de enunciar, foi criado o primeiro clube de natação de Caldas da Rainha, os ‘’Calimeros’’ que alguns dos que aderiram a este grupo fizeram parte, nomeadamente as minhas irmãs, os Barosa, o Filipe, o Fernando Lontra, o João Ângelo e a Paula Querido, a Ana Monroy, a Célia Nobre Nascimento, Margarida Monteiro, Ângela Subtil, os Thiran, entre outros.
O grande dinamizador era o muito especial Sr. Rodrigues que ainda hoje se mantém como professor de natação das novas gerações nas piscinas municipais.
Na altura, e por muitos anos, o único local para a prática de natação em Caldas era um pequeno tanque de aprendizagem com 12 metros e situado entre a Bordalo Pinheiro e a D. João II. Olhando para trás, é impressionante o que o Sr. Rodrigues e aquele grupo de miúdos conseguiram em termos competitivos. Como foi possível com treino num corredor de 12 metros (imaginem o tempo perdido nas viragens!) conseguirem obter consecutivamente os mínimos para os campeonatos regionais e nacionais e vir a formar atletas de nível nacional ao ponto de se sagrarem vice-campeões nacionais por equipas.
Os ‘’Calimeros’’ normalmente faziam treinos de ambientação e disputavam as competições regionais nas piscinas da Marinha Grande e de Torres Novas mas os campeonatos nacionais desenrolavam-se em grandes palcos.
Naquele ano o campeonato nacional foi disputado em Coimbra, nas piscinas da Académica integradas no Estádio Municipal.
Era o tempo de grandes campeões como o Paulo Frischknecht (actualmente Presidente da Federação Portuguesa de Natação e Olímpico em Montreal e Moscovo), o malogrado Rui Abreu (também atleta olímpico em 1976 e 1980) e da Teresa Figueiras, Alexandra Silva, Alexandra Nogueira, Marta Reboredo, etc.
Decorriam já as provas quando se verificou a ausência da minha irmã Alexandra. Alguém a foi procurar aos balneários pois aproximava-se o momento da sua prova. Entretanto iria ser dado inicio a uma das provas rainhas do evento, os 100 ou os 200 metros livres onde participavam os campeões Paulo Frischknecht e Rui Abreu.
O público tomou os seus lugares nas bancadas e o barulho no pavilhão atingiu níveis ensurdecedores com os gritos de incentivo das respectivas claques dos dois rivais e grandes amigos.
Os oito nadadores tomaram os seus lugares nos blocos de partida.
Enquanto isso uma das nadadoras dos ‘’Calimeros’’ entra nos balneários e encontra Alexandra que ia a sair nesse momento e diz:
- Depressa Xana que a tua prova está a começar, estão todos à tua espera!
A minha irmã apanha um susto e corre para a porta. Naquele momento é dado um gongo de partida para a prova dos 100 (ou 200) metros livres masculinos e os atletas mergulham e iniciam vigorosamente as primeiras braçadas de crawl.
Nisto todo o público presente naquele pavilhão vê uma pequena e magricela nadadora de fato de competição e touca de banho a correr, vinda dos balneários e mergulhar de um bloco para a piscina em perseguição dos restantes nadadores !!!
A multidão clamou num misto de surpresa e de diversão.
Soaram estridentemente os apitos e os treinadores correram para a ponta da piscina e meteram os braços na água para fazerem parar os concorrentes.
A prova principal tinha sido abortada!
E no meio daqueles matulões que se agarravam surpresos e confusos às bóias que delimitam os corredores, aparece uma pequenina cabecinha, muito surpresa a olhar para todos os lados como que a perguntar o que é que tinha acontecido!
O grande dinamizador era o muito especial Sr. Rodrigues que ainda hoje se mantém como professor de natação das novas gerações nas piscinas municipais.
Na altura, e por muitos anos, o único local para a prática de natação em Caldas era um pequeno tanque de aprendizagem com 12 metros e situado entre a Bordalo Pinheiro e a D. João II. Olhando para trás, é impressionante o que o Sr. Rodrigues e aquele grupo de miúdos conseguiram em termos competitivos. Como foi possível com treino num corredor de 12 metros (imaginem o tempo perdido nas viragens!) conseguirem obter consecutivamente os mínimos para os campeonatos regionais e nacionais e vir a formar atletas de nível nacional ao ponto de se sagrarem vice-campeões nacionais por equipas.
Os ‘’Calimeros’’ normalmente faziam treinos de ambientação e disputavam as competições regionais nas piscinas da Marinha Grande e de Torres Novas mas os campeonatos nacionais desenrolavam-se em grandes palcos.
Naquele ano o campeonato nacional foi disputado em Coimbra, nas piscinas da Académica integradas no Estádio Municipal.
Era o tempo de grandes campeões como o Paulo Frischknecht (actualmente Presidente da Federação Portuguesa de Natação e Olímpico em Montreal e Moscovo), o malogrado Rui Abreu (também atleta olímpico em 1976 e 1980) e da Teresa Figueiras, Alexandra Silva, Alexandra Nogueira, Marta Reboredo, etc.
Decorriam já as provas quando se verificou a ausência da minha irmã Alexandra. Alguém a foi procurar aos balneários pois aproximava-se o momento da sua prova. Entretanto iria ser dado inicio a uma das provas rainhas do evento, os 100 ou os 200 metros livres onde participavam os campeões Paulo Frischknecht e Rui Abreu.
O público tomou os seus lugares nas bancadas e o barulho no pavilhão atingiu níveis ensurdecedores com os gritos de incentivo das respectivas claques dos dois rivais e grandes amigos.
Os oito nadadores tomaram os seus lugares nos blocos de partida.
Enquanto isso uma das nadadoras dos ‘’Calimeros’’ entra nos balneários e encontra Alexandra que ia a sair nesse momento e diz:
- Depressa Xana que a tua prova está a começar, estão todos à tua espera!
A minha irmã apanha um susto e corre para a porta. Naquele momento é dado um gongo de partida para a prova dos 100 (ou 200) metros livres masculinos e os atletas mergulham e iniciam vigorosamente as primeiras braçadas de crawl.
Nisto todo o público presente naquele pavilhão vê uma pequena e magricela nadadora de fato de competição e touca de banho a correr, vinda dos balneários e mergulhar de um bloco para a piscina em perseguição dos restantes nadadores !!!
A multidão clamou num misto de surpresa e de diversão.
Soaram estridentemente os apitos e os treinadores correram para a ponta da piscina e meteram os braços na água para fazerem parar os concorrentes.
A prova principal tinha sido abortada!
E no meio daqueles matulões que se agarravam surpresos e confusos às bóias que delimitam os corredores, aparece uma pequenina cabecinha, muito surpresa a olhar para todos os lados como que a perguntar o que é que tinha acontecido!
1 comentário:
lembro-me dos calimeros como se fosse hoje. sou o filho mais novo do sr rodrigues. nuno. que o meu pai descanse em paz. por favor alguem responda a esta mensagem. obrigado. nmendes146@gmail.com
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