quarta-feira, 23 de junho de 2010

BALADA PARA ANA



Não me recordo já em que momento nos conhecemos mas lembro-me de ti como a minha melhor amiga na primeira classe do Colégio.

Provavelmente conhecemo-nos naquele dia do inicio de Outubro de 1969 quando chegámos ao Colégio para o primeiro dia de aulas.

Recordo-me desse dia como se fosse hoje. Agarrado às saias da minha mãe, pela última vez chorando de medo e a D. Esperança a dizer:

- Então? Um rapazinho dessa idade a chorar?! Nunca vi nada assim! Já são todos uns homenzinhos!

E a levar-me gentilmente para a minha carteira enquanto a minha mãe, escondendo a preocupação, se despedia com um sorriso.

Para trás ficavam os anos do jardim-escola da Misericórdia no Bairro da Ponte, ao lado do terreiro onde às segundas-feiras se realizava a feira semanal, onde vacas e burros eram vendidos com as galinhas, batatas e vergas.

Para trás iria ficar o sorriso acolhedor da Isabel, a ternura da Alicinha e as brincadeiras da Filomena e da Gracinha Jordão.

Começava a Primária!

Lembro-me como desde logo as nossas diabruras no corredor nos levavam ao gabinete do Padre Albino cuja tumefacção proeminente na testa nos assustava inicialmente e divertia depois.

Lembro-me de te atirar caramelos Vaquinha do outro lado do bar passando por cima da D. Luisa.

(Lembras-te que os bares eram separados para os rapazes e raparigas cada um tendo o seu acesso pelo respectivo recreio?)

O famoso bar onde nas tardes de Verão comíamos os célebres gelados feitos com refresco Dawa, Alsa ou Royal em cuvetes e que levavam um palito espetado e onde a D. Luisa nos servia ao almoço os famosos ovos estrelados de codorniz!

Nessa primeira classe ainda conseguimos guardar reminiscências desses tempos. À tarde com a D. Dora, no intervalo grande ou à saída antes de entrarmos no autocarro, enfim , em todos os locais onde nos pudéssemos juntar, rapazes e raparigas, na verdade meninos e meninas ainda, fazíamos uma grande roda e entoávamos as cantigas do jardim-escola. E lá cantávamos o Ai ai ai minha machadinha e o Que linda falua… afinal a nossa infância não podia acabar por decreto!

O ano foi passando e éramos cada vez mais amigos até que me deste noticia que irias voltar para África (S. Tomé? Angola?)

Eu então ganhei talento e coragem, alento e descaramento, e escrevi-te cartas contando o que se passava no colégio enquanto tu permanecias no meio da selva. As minhas primeiras cartas de amor ! Aos sete anos, imagina!

(Depois a Kika Gancho recebeu outras em Lourenço Marques mais tarde! Digo isto porque se não a Kika vai já fazer o respectivo comentário!!!LOL!)

Quando voltaste ao colégio trazias contigo o teu primo Nuno e para casa um enorme pastor alemão militar, o Pilão!

O Nuno estava gravemente doente e entre ambos repartimos a sua protecção e companhia. Que saudades eu tenho do Nuno! Com ele senti pela primeira vez a perda de um amigo!

Nós continuávamos nas nossas maluqueiras, contigo a saltar diariamente as vedações que separavam os dois recreios ou a encontrar-nos em zona neutra, entre as duas vedações junto à porta nobre do ginásio!

Desta vez era o Padre Xico que nos aturava e lá íamos ao seu gabinete enfrentar desta vez o seu sorriso tolerante. E como nós gostávamos do Padre Xico! Lembras-te de nós a fingirmos que éramos muito úteis a ajudá-lo na construção do seu barco nas traseiras do colégio? Naquela garagem ao lado do acesso às caves onde o Sr. Luis criava as codornizes?

Perdeste o famoso Magusto de 1971, onde pela primeira vez bebi à socapa um gole de água-pé, apareço ainda em algumas fotos com um ar muito santinho a pilar uma castanha. Logo depois escrevi-te uma carta a contar as peripécias!

As aulas de ginástica, tu com a D. Rosa e eu com o Prof. Silva Bastos e mais tarde com o Prof. Berjano eram mais um pretexto para nos metermos um com o outro. Lembras-te de nós de sapatilhas brancas e t-shirts brancas com uma faixa no peito com o nosso nome a preto?

Quando não eram nessas aulas, era na sala da D. Esperança que suspirava de resignação, mesmo quando íamos buscar o esqueleto que estava guardado na arrecadação em frente e colocávamo-lo na sala com um chapéu de feltro na cabeça.

Nas aulas da tarde e ainda antes de passarmos para a sala da D. Dora (aquela por baixo do telheiro do recreio dos rapazes, saindo para a rua à direita e cuja porta de vidro foi um dia trespassada pelo Frederico Granja!) fazíamos jogos de aprendizagem no quadro de ardósia, bem pertinho da Mariazinha, a régua alva e grossa (que só experimentei por uma vez porque um dia fui indelicado o suficiente para desafiar a D. Esperança a dar-me umas reguadas para ver se doía!) e nesses jogos desenhávamos a forca com palavras escondidas em tracinhos que determinavam o número de letras, e cada vez que falhávamos as letras desenhávamos um componente do homem enforcado. Lembras-te como eu sempre escrevia palavras que eram mensagens para ti ou tinham a ver com algo entre nós? Um segredo, uma brincadeira?

Depois arriscávamos as aulas de Canto-Coral com o Padre Renato a ver quem desafinava mais até que ele nos mandava para o recreio e nós ficávamos enfim juntos a brincar enquanto decorriam as aulas.

Saíamos do colégio e antes de embarcar no autocarro dos Claras que nos levava de regresso a casa, dizíamos adeus ao Sr. Luis e ao Sr. António que estavam diante da sua pequena casa à entrada, não sem antes irmos dar pão aos peixes que nadavam no pequeno tanque no fim da rua do colégio ( junto ao portão que dava para o recreio dos rapazes) ou nos sentarmos dentro do BMW 700 da D. Anita Nascimento invariavelmente estacionado junto às escadas da saída, à direita de quem desce. Depois entrávamos na camioneta. A D. Clarisse, irmã da Alicinha do meu jardim-escola, à frente, na primeira fila, a D. Dora atrás do condutor e nós… o mais para trás possível!

Repartíamos os tempos de escola e os tempos livres. E no casino, depois de termos comprado uns fios de couro com um símbolo em metal a uns hippies no parque, formámos com o Pedro e a Kikas Gama, o grupo Paz e Amor, fosse lá o que isso fosse!

Depois crescemos e fomos para o ciclo preparatório mas mantivemo-nos juntos. Um dia os teus pais foram jantar lá a casa e decidiram mostrar aos meus uns slides de África e fomos os dois num pulo a tua casa. Eu adorava a tua casa cheia de artefactos africanos! Tu entraste e não abriste a luz pois sabias de cor onde estavam os slides mas o Pilão sentindo o seu domínio ameaçado atirou-se a mim e ferrou-me uma dentada na barriga que me doeu como o caraças (o sacana do cão no dia seguinte já estava a brincar comigo atrás da igreja (onde jogávamos à bola e com ela partíamos os vidros ao pobre do Sr. Manuel) como se nada fosse!

Tínhamos aulas de Moral e Religião com o padre Zé Maria e eu ficava danado quando vocês todas preferiam aproveitar a sua boleia no seu BMW 2002 cor de vinho do que vir comigo a pé para casa.

Estudávamos juntos no meu quarto, tu, eu e a Luisa e os trabalhos de grupo eram sempre feitos a três!

Festejámos os teus aniversários nas casas das Caldas, de S. Martinho e até na quinta dos Vidais! Fomos de férias juntos para o Algarve, para a praia da Foz e de S. Martinho e até a S. Pedro de Moel. Ia contigo aos torneios da Marinha Grande, Lisboa, Torres Novas e Coimbra.

Mil e uma viagens, aventuras e festas de garagem, de sótão, de salas!

Até a Profissão de Fé fizemos juntos. Eu, tu e a Luisa! E que pândegas foram aquelas aulas de preparação e como se divertiram os nossos amigos a ver-nos naquelas vestes à saída da cerimónia!

(Que penteado e que roupas, meu Deus! Golas altas e bocas de sinos; os anos setenta foram mesmo o cúmulo do mau gosto!)

Temos fotos a acompanhar o desenrolar das nossas vidas, até uma que nos mostra vestidos de hippies no corso carnavalesco e que anda algures por aqui neste espaço, ficou para a posteridade!

Todas as noites aparecia em tua casa e era recebido com a voz da Rosinda na cozinha:

- Pronto, chegou o salta-pocinhas!

E ficávamos longas horas a jogar cames!

Mais tarde, já no liceu, acompanhei ao vivo e a cores a tua belíssima carreira na ginástica e na natação no clube Os Calimeros de que o teu pai foi um dos grandes impulsionadores.

Nas longas noites de inverno ficávamos nós com o Pedro e a Cláudia, com a vigilância eventual da Clarissa, a jogar ao ‘’Verdade ou Consequência’’ e a conversar nas escadas do teu prédio, até serem horas de irmos para casa.

Quando tive o acidente a jogar volei no liceu e tive de permanecer imobilizado na cama por uns tempos e foste tu que me acompanhaste em todos os teus tempos livres, fazendo-me companhia horas a fio! Uma vez amiga, sempre amiga!

Logo algum tempo depois começaste a namorar o Duarte numa relação que deu num lindo casamento até hoje, provavelmente o mais longo da nossa geração! Logo depois nasceu a bela Inês que sempre me faz ver uma versão actualizada de ti!

Nessa altura começaste a ir por mais tempo para o Baleal e eu comecei a idade dos namoros e fui para Lisboa estudar e mais tarde trabalhar para Coimbra de onde voltei praticamente casado. O normal rumo da vida encarregou-se de nos separar e já só espaçadamente nos cruzamos.

A minha vida começou a repartir-se entre Caldas e Lisboa e os filhos vieram enriquecer a minha vida familiar e tomar o meu tempo livre.

Hoje já tens também mais dois filhos e até uma neta mas continuas a Ana que eu conheci há 41 anos. Também a nossa amizade continua a mesma!

Citando Vinicius de Moraes num poema que já aqui postei:

Mesmo que as pessoas mudem
e suas vidas se reorganizem,
os amigos devem ser amigos para sempre,
mesmo que não tenham nada em comum,
somente compartilhar as mesmas recordações.

Pois boas lembranças,
são marcantes
e o que é marcante nunca se esquece!

Uma grande amizade
mesmo com o passar do tempo
é cultivada assim!



Feliz Aniversário Ana



AS NOSSAS CANTIGAS


(primeiros versos)



A saia da Carolina

A saia da Carolina
Tem um lagarto pintado
Sim Carolina ó - i - ó - ai
Sim Carolina ó - ai meu bem


Alecrim

Alecrim, alecrim aos molhos
Por causa de ti choram os meus olhos
Ai meu amor quem te disse a ti
Que a flor do monte era o alecrim.


As três galinhas

Três galinhas a cantar
Vão p'ró campo passear.
Uma à frente, é a primeira
Logo as outras, em carreira
Vão assim, a passear,
Os bichinhos procurar!



Atirei o pau ao gato

Atirei o pau ao gato to - to
Mas o gato to-to não morreu
Não morreu eu-eu
Dona Chica ca-ca assustou-se se
Com o berro, com o berro
Que o gato deu - miau.



Balão do João

O balão do João
Sobe, sobe, pelo ar
Está feliz o petiz a cantarolar
Mas o vento a soprar,
Leva o balão pelo ar,
Fica então o João a choramingar.



Barata

A barata diz que tem
Sapatinhos de veludo
É mentira da barata
O pé dela é que é peludo
AH, AH, AH, EH, EH, EH
O pé dela é que é peludo



Bola

Olha a bola Manel
Olha a bola Manel
Foi-se embora fugiu
Olha a bola Manel
Olha a bola Manel
Nunca mais ninguém a viu.



Cabeça, ombros, joelho e pés

Cabeça, ombros, joelho e pés
Joelho e pés, joelho e pés
Cabeça, ombros, joelho e pés
Olhos, ouvidos, boca e nariz



Caminho de Viseu

Indo eu, indo eu, a caminho de Viseu
Indo eu, indo eu, a caminho de Viseu
Encontrei o meu amor, ai Jesus que lá vou eu
Ora zus - trus - trus
Ora zás - trás - trás
Ora zus - trus - trus
Ora zás - trás - trás
Ora chega, chega, chega
Ora arreda lá para trás
Ora chega, chega, chega
Ora arreda lá para trás



Capuchinho Vermelho

Pela estrada fora eu vou bem sozinha
Levar estes bolos à minha avózinha.
Ela mora longe e o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto.



Cavalo

Era uma vez um cavalo
Que vivia num lindo carrocel
Tinha orelhas de burro
E o rabo era feito de papel
A correr chá - lá - lá
A saltar chá - lá - lá
Cavalinho não saía do lugar.



Come a papa, Joana come a papa

Come a papa, Joana come a papa
Come a papa, Joana come a papa
Joana come a papa.
1, 2, 3
Uma colher de cada vez
4, 5, 6
Era uma história de reis
E outra colher de papa.
Come a papa, Joana come a papa



Do rabo fiz navalha

Do rabo fiz navalha
Da navalha fiz sardinha
Da sardinha fiz farinha
Da farinha fiz menina
Da menina fiz uma gaiola
Prum, Pum, Pum
Que eu vou p'ra Angola



Dó-Ré-Mi

Dó - Ré - Mi - a mimi
Mi - Fá - Sol - pelo sol
Fá - Mi - Ré - vai a pé
Mi - Ré - Dó - não tem pópó
Dó - Ré - Mi - eu cozi
Mi - Fá - Sol - um pão mole
Fá - Mi - Ré - p'ro café
Mi - Ré - Dó - da minha avó



Era uma vez um rei

Era uma vez um rei
Com uma grande barriguinha
Comia, comia
E mais fome tinha.



Eu fui ao jardim celeste

Eu fui ao Jardim Celeste,
Giroflé, giroflá.
Eu fui ao Jardim Celeste,
Giroflé, flé, flá.
O que foste lá fazer
Giroflé, giroflá.
O que foste lá fazer
Giroflé, flé, flá.
Fui lá buscar uma rosa
Giroflé, giroflá.



Galinhas

Doidas, doidas, andam as galinhas
Para por o ovo lá no buraquinho
Raspam, raspam, raspam
P'ra alisar a terra
Picam, picam, picam
Para fazer o ninho



Josézito, já te tenho dito

Josézito
Já te tenho dito
Que não é bonito
Andares m'enganar
Josézito
Já te tenho dito
Que não é bonito
Andares m'enganar



Machadinha

AH, AH, AH minha machadinha
AH, AH, AH minha machadinha
Quem te pôs a mão sabendo que és minha
Quem te pôs a mão sabendo que és minha
Sabendo que és minha, também eu sou tua
Sabendo que és minha, também eu sou tua
Salta machadinha para o meio da rua
Salta machadinha para o meio da rua
No meio da rua não hei-de eu ficar
No meio da rua não hei-de eu ficar
Hei-de ir à roda escolher o meu par



Na loja do mestre André

Foi na loja do mestre André que eu comprei um pifarito.
Tiro - liro - liro, um pifarito.
Ai - ó - lé, ai - ó - lé, foi na loja do mestre André!
Foi na loja do mestre André que eu comprei um pianinho.
Plim - plim - plim, um pianinho.
Tiro - liro - liro, um pifarito.
Ai - ó - lé, ai - ó - lé, foi na loja do mestre André.
Um Tamborzinho...Tum - tum - tum, um tamborzinho
Plim - plim - plim, um pianinho.
Tiro - liro - liro, um pifarito.



Na quinta do tio Manel

Na quinta do Tio Manel
l-A-l-A-0!
Há patinhos a granel
I-A-I-A-O!
Quá-quá-quá-quá-quá
Na quinta do Tio Manel
I-A-I-A-O!
Há vaquinhas a granel
l-A-l-A-0!
Mu-mu-mu-mu-mu



O balão do João

O balão do João
Sobe, sobe pelo ar.
'stá feliz o petiz.
A cantarolar.
Mas o vento a soprar,
Leva o balão pelo ar.
Fica, então, o João
A choramingar.



O cuco na floresta

Eu ia na floresta e pus-me a escutar
Por trás duma giesta os cucos a cantar
Cu - cu, cu - cu, cu - cu, cu - ru, cu - cu
Cu - cu, cu - cu, cu - cu, cu - ru, cu - cu
A noite estava escura e não havia luar
Ouvia-se lá ao longe os lobos a uivar
Aú - Aú - Aú - Aú - Aú
Aú - Aú - Aú - Aú - Aú



Ó malhão, malhão

Ó malhão, malhão,
que vida é a tua?
Ó malhão, malhão,
que vida é a tua?
Comer e beber, ó terrim, tim, tim,
passear na rua.
Comer e beber, ó terrim, tim, tim,
passear na rua.



O pretinho Barnabé

O pretinho Barnabé, tiro-liro-liro,
O pretinho Barnabé, tiro-liro-lé.
A saltar quebrou um pé, tiro-liro-liro,
A saltar quebrou um pé, tiro-liro-lé.
Salta agora só num pé, tiro-liro-liro,
Salta agora num só pé, tiro-liro-lé.



Ó rama, ó que linda rama

Refrão
Ó rama ó que linda rama
Ó rama da oliveira
O meu par é o mais lindo
Que anda aqui na roda inteira
Que anda aqui na roda inteira
Aqui em qualquer lugar
Ó rama, ó que linda rama
Ó rama do olival.



Ó Rosa, arredonda a saia

Ó Rosa, arredonda a saia,
Ó Rosa, arredonda-a bem!
Ó Rosa, arredonda a saia,
Olha a roda que ela tem!
Olha a roda qu'ela tem,
Olha a roda qu'ela tinha!
Ó Rosa, arredonda bem
A tua saia redondinha!



Olha a triste viuvinha

Olha a triste viuvinha
Que anda na roda a chorar!
Anda a ver se encontra noivo
Para com ela casar!
Já lá leva dois cabaços
Três ou quatro há-de levar!
É bem feito, é bem feito
Não acha com quem casar!



Oliveirinha da serra

Oliveirinha da serra
O vento leva a flor.
Ó -i - ó - ai, só a mim ninguém me leva,
Ó -i - ó - ai, para o pé do meu amor!



Os olhos da Marianita

Os olhos da Marianita
São verdes da cor do limão
Os olhos da Marianita
São verdes da cor do limão
Ai sim, Marianita, ai sim
Ai não, Marianita, ai não
Ai sim, Marianita, ai sim
Ai não, Marianita, ai não
Os olhos da Marianita
São negros cor do carvão
Os olhos da Marianita
São negros cor do carvão



Papagaio louro

Papagaio louro
De bico dourado,
Leva-me esta carta
Ao meu namorado



Pastor

Quando eu era menino
Aprendi de meu pai
A guardar rebanhos
E a cantar trai-lai-lai!
Lai-lai, lai-lai, cantando vai pastor
Lai-lai, lai-lai, cantando pastor vai!



Pastorzinho

Havia um pastorzinho
Que andava a pastorecer
Saiu de casa e pôs-se a cantar:
Dó, ré, mi, fá, fá, fá
Dó, ré, dó, ré, ré, ré
Dó, sol, fá, mi, mi, mi
Dó, ré, mi, fá, fá, fá



Patinhos

Todos os patinhos sabem bem nadar,
Cabeça para baixo
Rabinho para o ar
Quando estão cansados da água
Vão sair, da água vão sair
Depois em grande fila
Para o ninho querem ir
Depois em grande fila,
Para o ninho querem ir.



Pombinhas da Catrina

As pombinhas da Catrina
Andaram de mão em mão
Foram ter à Quinta Nova
Ao pombal de São João
Ao pombal de São João
À Quinta da Roseirinha
Minha mãe mandou-me à fonte
E eu parti a canteirinha



Ponha aqui o seu pézinho

Ponha aqui o seu pézinho
Devagar, devagarinho
Se vai à ribeira grande
Eu tenho uma carta escrita
Para ti cara bonita
Não tenho por quem a mande



Que linda falua

Que linda falua, que lá vem, lá vem
É uma falua que vem de Belém
Vou pedir ao Senhor Banqueiro
Se me deixa passar,
Tenho filhos pequeninos,
Não os posso sustentar.
Passará, não passará,
Se não for a mãe à frente
É o filho lá de trás.



Rosa branca ao peito

Rosa branca ao peito,
a todos está bem.
Rosa branca ao peito,
a todos está bem.
À menina (Rosa), olaré,
melhor que a ninguém
À menina (Rosa), olaré,
melhor que a ninguém
Melhor que a ninguém,
por dentro ou por fora.



Sra. D. Anica

Sra. D. Anica venha abaixo ao seu jardim
Venha ver as lavadeiras a fazer assim - assim
Venha ver as costureiras a fazer assim - assim
Venha ver os jardineiros a fazer assim - assim
Venha ver os sapateiros a fazer assim - assim
Venha ver os carpinteiros a fazer assim - assim
Venha ver o cozinheiro a fazer assim - assim



Tia Anica de Loulé

Tia Anica, tia Anica,
Tia Anica de Loulé,
A quem deixaria ela
A caixinha do rapé?

Refrão

Olé, olá! Esta moda não 'stá má.
Olá, olé! Tia Anica de Loulé.



Tiro - Liro - Liro

Lá em cima está o tiro - liro
Cá em baixo está o tiro - liro - Ió
Juntaram-se os dois à esquina
A tocar a concertina
A dançar o solidó.
Juntaram-se os dois à esquina
A tocar a concertina
A dançar o solidó.



Três pombinhas

Lá vai uma
Lá vão duas
Três pombinhas a voar
Uma é minha
Outra é tua
Outra é de quem a apanhar.

 
 








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